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  • Nova Reforma Tributária deixa mercado animado e Congresso começa fazer articulações


  • Aprovação do novo marco fiscal cria expectativa entre investidores, políticos e governos.

Aprovação do novo marco fiscal que foi encerrada na quarta-feira (24) começou aumentar expectativas para o novo projeto econômico do governo de Luiz Inácio Lula da Silva: reforma tributária. 

De acordo com economistas, naturalmente o debate em torno da reforma tributária irá virar tema de debate do governo, dos parlamentares e do mercado financeiro. 

Essa reforma será uma das mais complexas. No entanto, o governo está otimista diante da votação expressiva do projeto fiscal na câmera de deputados. 

A perspectiva sobre as primeiras versões da reforma tributária e as primeiras discussões estão previstas para junho, já que o novo marco fiscal acabou de passar pela sua fase mais difícil. 

Bernard Appy, secretário extraordinário da reforma tributária, falou que as discussões foram intensificadas desde que a aprovação do marco fiscal estava na Câmara.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, já está começando a se envolver  nas articulações da matéria junto as equipes.

O marco fiscal, que deverá substituir o teto de gasto, foi aprovado na Câmara com 272 votos. Por ser projeto de lei complementar seria necessário, ao menos, 257 votos a favor, dos 513 deputados.

O projeto aguarda a votação do Senado onde deve ser aprovado e sancionado sem sofrer muitas alterações, visto que, o governo tem uma aliança maior com essa Casa.

Aliados para a reforma

“A votação do arcabouço foi impressionante e mostra um alinhamento entre Congresso, Ministério da fazenda e o governo como um todo, o que deve transparecer, agora, na reforma tributária”, Segundo Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

E continua:

“Ela é a última grande reforma que ficou faltando, depois da trabalhista e da Previdência, e a sua aprovação traria um cenário bastante positivo, podendo, inclusive, ajudar a melhorar a bolsa de valores”.

Na visão de alguns economistas essa sintonia entre parlamentares e governo irá favorecer a contornar as resistências que aparecem ao se fazer a reformulação de tributos.

Paulo Guedes, ministro da economia de Jair Bolsonaro, apresentou pontos e projetos para uma reforma tributária nos anos de 2020 e 2021, porém, uma falta de articulação acabou com a paralisação do projeto.

O atual presidente Lula, em gestões anteriores também tentou sem êxito fazer uma reforma tributária.

Na primeira grande etapa da reforma tributária visa unificação e a simplificação de impostos indiretos do país que são aplicados sobre mercadorias e serviços de algumas empresas. Entre esses impostos estão PIS, Cofins e IPI federais; e ICMS, que é estadual e o ISS, municipal. 

Retomada dos trabalhos pelos parlamentares

Agora que o novo marco fiscal foi aprovado e despachado para o Senado, espera-se que a reforma tributária seja o foco dos deputados. 

Já existe um grupo de trabalho elaborando um parecer sobre a reforma desde 15 de fevereiro. No último dia 16 esse grupo teve suas atividades prorrogados por mais 20 dias. 

Relator do parecer, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), pretende entregar o documento em início de junho e a votação do mesmo deverá ocorrer em meados de julho.

Discordâncias

Alguns setores da economia estão apreensivos com a ideia da reforma tributária. O Agronegócio e o setor do comércio espera o texto do relator para poder tirar suas opiniões e confusões. 

A bancada ruralista está descontente de um texto proposto pelo governo sobre imposto de produtos da cesta básica. Uma outra discussão dos setores é acerca das alíquotas diferenciadas no novo tributo de consumo.